SBPJor – Associação Brasileira de Pesquisadores em Jornalismo | 12º Encontro Nacional de Pesquisadores em Jornalismo | Santa Cruz do Sul – UNISC – Novembro de 2014 |
Para que serve o jornalismo?
Um
caminho para estudar as funções da instituição jornalística no Brasil
Resumo: Diante das mudanças nas sociedades ao passar dos
anos, o jornalismo permanece como uma instituição na qual ainda se depositam
expectativas positivas, e dele se esperam relatos, análises e soluções para
problemas políticos, econômicos, de infraestrutura e até para ser agente de
severas mudanças culturais. Se existem funções que permanecem desde a
consolidação profissional do jornalismo, no pós-iluminismo, é preciso saber
quais são e como são vistas e encaradas hoje pelos agentes do campo
jornalístico no Brasil. Este artigo é o início de uma pesquisa doutoral, em
fase exploratória, que visa mapear discursos dos agentes do campo e propor um
método de análise que dê conta da diversidade destes discursos e, nesta
variedade, encontrar consensos e padrões que expliquem o papel social do
jornalismo hoje.
Palavras-chave:
1. Jornalismo 2. Papel social 3. Instituição Jornalística 4.Função social
5.Teoria do Jornalismo
1. Construção histórica
Buscar compreender o jornalismo a partir de sua prática
histórica e seu reconhecimento e prestígio gradativo como fonte de credibilidade
é um início importante do percurso teórico. “Não há notícia sobre a qual não se
imponha legitimamente uma obrigação de veracidade” (GOMES, 2009, p.10). Esta
veracidade que confere credibilidade e respeito do público é uma expectativa
constante e, supõe-se, vem de todos os atores do processo noticioso, seja de quem
usufrui da informação, seja de quem a produz. Uma relação de troca simbiótica subjetiva
entre jornalistas e sociedade.
Bourdieu (1997) define esta posição como um campo: espaço
social estruturado por uma correlação de forças que podem transformar ou conservar
o ambiente comunicacional.
Campo jornalístico é o lugar de uma oposição entre duas lógicas
e dois princípios de legitimação: o reconhecimento pelos pares, concedido aos que
reconhecem mais completamente os “valores” ou os princípios internos, e o reconhecimento
pela maioria, materializado no número de receitas, de leitores, de ouvintes ou de
espectadores, portanto, na cifra de venda (best-sellers) e no lucro em dinheiro,
sendo a sanção do plebiscito, nesse caso, inseparavelmente um veredito do mercado
(BOURDIEU, 1997, p.105).
Bourdieu acredita estar em disputa no campo
jornalístico a credibilidade, a respeitabilidade entre os pares, as fontes e o
público, que resulta em boas cifras aos veículos. Alerta para a existência de
conflitos, concorrências e hostilidades, mas adverte que os produtos são muito
mais homogêneos do que normalmente se sugere. Até mesmo as diferenças mais
evidentes ocultam semelhanças profundas, principalmente em relações às fontes e
a uma série de mecanismos, como a lógica da concorrência. O autor atribui esta
característica ao fato de o jornalismo ser uma produção coletiva, feita a
partir de rotinas e de procedimentos padronizados.
Adverte, assim, para o efeito de interleitura, pois os
jornalistas se leem mutuamente. Para Bourdieu, se fecham no ciclo profissional
promovendo o efeito de barreira ou de fechamento mental. Ao observar esses
procedimentos padronizados, o autor sugere uma compreensão imaterial do campo
jornalístico que há relações de forças completamente invisíveis e conclui que
os jornalistas têm ‘óculos especiais’ para ver a vida de forma particular, onde
operam uma seleção e uma construção do que é selecionado. (BOURDIEU, 1997).
2. Funções do jornalismo
O jornalismo é matéria necessária para a democracia.
Esta condição pressupõe um julgamento da sociedade onde são consideradas a reputação,
a credibilidade e a honorabilidade de quem faz o jornalismo. Modificações têm
sido identificadas na profissão com o avanço das mídias digitais,
principalmente com o crescimento do acesso à internet proporcionando aos
usuários produzirem seu próprio conteúdo.
Gomes aponta para uma existência subjetiva ao
jornalismo, o princípio de veracidade, onde se pressupõe que haja um
compromisso moral entre o jornalismo e os consumidores. Este acordo implícito
afeta a atividade de produzir e de veicular notícias. “Não há notícia sobre a
qual não se imponha legitimamente uma obrigação de veracidade” (GOMES, 2009,
p.10). Assim, percebe-se a ampliação deste compromisso em atender ao interesse
público, uma espécie de missão maior no âmbito societário, que seria a promoção
de democracia (SCHUDSON, 2008).
“Democracia e jornalismo não são a mesma coisa”, alerta
Schudson (2008) ao relacionar um rol de estados sem garantias democráticas onde
continuam existindo jornais e jornalismo. Se por um lado o jornalismo pode
existir sem democracia, o autor defende ser durante os regimes democráticos
quando o jornalismo mais próspera. “Onde há democracia ou onde há forças
preparadas para realizá-la, o jornalismo pode fornecer inúmeros serviços para
ajudar a estabelecer ou manter um governo representativo (SCHUDSON, 2008, p.2)[2]”.
Esta reflexão de Schudson ressalva a responsabilidade dada a um campo
profissional com poucos mecanismos de controle social.
Schudson (2008) defende ainda que, além da ‘promoção de democracia’ propriamente
dita, existem outras seis funções do jornalismo onde as notícias podem servir
para fortalecer uma democracia. São elas: informação,
onde os meios de comunicação podem fornecer notícias justas e completas para os
cidadãos fazerem boas escolhas políticas; investigação,
quando os jornalistas investigam fontes importantes do governo; análise, quando são fornecidas
estruturas coerentes de interpretação para ajudar os cidadãos a compreender um
mundo complexo; a empatia social,
quando informa as pessoas sobre iguais para que possam vir a apreciar os pontos
de vista e as vidas de outras pessoas, especialmente os menos favorecidos; fórum público, quando o jornalismo
proporciona um fórum para o diálogo entre os cidadãos (esfera pública); e, mobilização, quando os meios agem como
defensores de determinados programas políticos ou perspectivas, assim como
mobiliza as pessoas para agir em apoio a esses programas.
Há outras funções que emergem do universo que a cultura
jornalística denomina de “interesse público”
para justificar suas notícias. “Em suma, o que tornaria o jornalismo uma
instituição legitimada do ponto de vista social seria o fato de ele estar voltado
para servir, de maneira mais completa, ao interesse público” (GOMES, 2009,
p.70). Inclusive há quem diga que o jornalismo é necessário ao ‘espírito’ da
sociedade. “Entre todas as atividades humanas, nenhuma responde tanto a uma necessidade
do espírito e da vida social quanto o jornalismo” (BELTRÃO, 1960, p.33). A
teoria democrática, por exemplo, dá aos meios de comunicação a função de “mercado de ideias” em que as diversas
opiniões da sociedade podem ser ouvidas e discutidas de forma plural, inclusive
as minorias populacionais (TRAQUINA, 2005, p.128).
A defesa destas minorias é destaque desde os primórdios
da organização da profissão, que se hibridiza de certa forma com o entendimento
de defesa de direitos e fiscalização dos poderes político e econômico. Essa defesa
tem relação com a ideia imprimida do guardião
da verdade (watchdog), de mostrar
todas as informações e de forma correta (TRAQUINA, 2005), pois o jornalismo é
um quarto poder ou um poder moderador (ALBUQUERQUE, 2000). Essa verdade é
buscada insistentemente pelos profissionais. “Os jornalistas estão na frente de
batalha da liberdade, prontos a vir em sua defesa”, destacou Traquina (2005a,
p.28) ao explicar a teoria democrática.
Na visão de Albuquerque (2000) há diferenças culturais
importantes entre as realidades brasileira e a estadunidense não consideradas
nas conceituações teóricas sobre os valores dados à defesa do interesse
público. Os Estados Unidos têm princípios arraigados, um consenso quase
religioso em torno de um conjunto de valores como a livre iniciativa, a soberania
popular, a igualdade perante à lei, o respeito à liberdade de expressão e de
culto, e criou instituições políticas em conformidade com esses valores. Este
radicalismo naturalizou o ideal da objetividade. No Brasil, como as
instituições são desacreditadas, a democracia parece estar em crise mesmo nos
períodos mais estáveis, o jornalismo assumiu um papel de guardião do bem comum
que o distancia, muitas vezes, da objetividade idealizada pela teoria ianque
para a defesa de causas ou interesses.
O sentido da verdade também está embutido no discurso.
“O jornalismo não apenas assume com o consumidor de notícias a obrigação de ser
veraz, mas também o compromisso de usar de todos os recursos possíveis para evitar
o engano e o erro” (GOMES, 2009, p.11). Desta forma, a ética e a independência sempre vão estar presentes
nos discursos de autolegitimação da profissão, a fim de que a função de defesa
do interesse público não a desvie do caminho proposto. Assim, nesta pesquisa, a
independência foi considerada como função de manter-se independente, a fim de tentar mensurar a força
deste compromisso e avaliar a possibilidade de ser efetivamente conceituada função no futuro. Até agora é apenas
uma aposta.
3.
Explorando
caminhos metodológicos
O desafio é montar uma configuração
teórico-metodológica que alcance os agentes do campo jornalístico e os seus
discursos sobre as suas funções junto à sociedade, vista neste momento inicial
da pesquisa ainda como sinônimo de papel social da instituição jornalística.
Esta pesquisa exploratória tem por objetivo reunir dados, informações, padrões,
observações, pensar hipóteses e redimensionar o percurso da pesquisa em vigor.
É o que Bardin (2011) chama de pré-análise, um período de intuições onde se
sistematizam os primeiros dados para uma leitura flutuante a fim de delinear as
hipóteses e definir os documentos a serem analisados, assim como as técnicas
mais adequadas.
Foram selecionados como corpus 14 organizações por critério de audiência, antiguidade e
natureza do negócio entre entidades representativas, profissionais e de
estudos, de natureza comercial e não comercial. A seleção observou a regra da
representatividade dentro do campo.
3.1. Identificando os agentes
Foram selecionadas duas entidades representativas por
categoria organizacional e naturezas comerciais e não comerciais. Por conta do
tipo de corpus escolhido, foram deixados de lado alguns agentes
de representação mais difusa como estudantes de jornalismo, assessores de
imprensa, novas narrativas midiáticas e jornalistas free-lancer, muito difícil de contemplar nesta fase
exploratória inicial.
a.
Entidades representativas profissionais.
Foram levantadas as entidades representativas em âmbito nacional (patronal com fins de
representação laboral e patronal- associativas
sem fins laborais, empregados/profissionais com fins de representação laboral e
empregados/profissionais - associativas sem fins laborais. As duas escolhidas
foram:
i.
Associação Nacional de Jornais
(ANJ) – Porque é entidade a patronal mais ligada ao processo produtivo da notícia
e representa os sindicatos estaduais de empresas em todas as unidades da federação.
ii.
Federação Nacional dos Jornalistas
(FENAJ) - Porque é a única representação nacional dos trabalhadores através de sindicatos
estaduais de jornalistas em todas as unidades da federação.
b.
Entidades de estudo do
jornalismo. Foram consideradas ainda entidades cientificas de atuação no campo
jornalístico do Brasil.
iii.
Sociedade Brasileira de Pesquisadores
em Jornalismo (Sbpjor) – Porque é a associação que trata especificamente da pesquisa
em jornalismo.
iv.
Sociedade Brasileira de Estudos
Interdisciplinares da Comunicação (Intercom) – Porque a divisão Temática Jornalismo
conta com cinco grupos de pesquisas, reconhecidos pela comunidade científica
local.
c.
Organizações jornalísticas.
Foram considerados critérios de audiência e destaque no campo jornalístico e
foram divididas pelas mídias jornal, televisão, rádio e sites noticiosos,
permanecendo o corpus de dois por
mídia, sendo um de cunho comercial e outro não comercial.
v.
Mídia impressa – 2 impressas – O jornal Folha de São Paulo
foi escolhido porque é o jornal de abrangência nacional com maior circulação
pelo Instituto Verificador de Circulação (IVC) com 332.354 exemplares em 2013 e
o jornal ‘Brasil de Fato’ porque, mesmo com uma tiragem anunciada de apenas 50 mil
exemplares, é o único jornal impresso de circulação nacional que se declara não-comercial.
vi.
Mídia Digital – O G1 foi
escolhido porque, segundo o site Alexa[3],
é o website noticioso mais popular no país e ocupa a posição 4,873 entre todos os
sites no Brasil e a posição 150,739 no mundo[4].
O Portal EBC porque é o website noticioso nacional não-comercial ligado ao
Governo Federal e que não tem fins comerciais.
vii.
Mídia Radiofônica – Band News e
CBN são as duas únicas rádios de notícias all
news em rede expansão nacional. Dados sobre audiência encontrados na web
são imprecisos. A opção pela Band News nesta pesquisa se deve à ampliação da amostra,
uma vez que a CBN segue os princípios das Organizações Globo, já representadas
nesta pesquisa pelo portal de notícias G1 e a TV Globo. Não há no país experiência
de rádio não-comercial all news em âmbito
nacional, nem pela web. A Rádio Nacional
de Brasília foi escolhida pelo seu tempo de fundação (1958) e a abrangência
nacional através da rede pública EBC.
viii.
Mídia Televisiva – TV Globo[5] é a
televisão com maior audiência do país e como contraponto não-comercial foi
escolhida a Rede TV Brasil, rede televisão pública nacional que agrega a TV
Brasil, TV Brasil internacional e TVs Cultura nos estados.
d.
Organizações de ensino - A
escolha foi com base na posição no ranking dos melhores na avaliação de ensino
do Ranking Universitário da Folha(RUF)[6],
que tenha mudado o currículo de acordo com as diretrizes aprovadas recentemente
pelo MEC[7].
As universidades foram escolhidas após consulta direta, entre os dias 25 e 28 de
janeiro de 2014, à lista da SBPJor com mais de 300 sócios e ao grupo no Facebook[8] de professores
de jornalismo com 2.579 membros.
ix.
Pública - Universidade do Estado
do Rio de Janeiro (UERJ) – Porque é uma universidade pública, foi a 46ª classificada
e já mudou o currículo.
x.
Particular - Universidade do Vale
do Rio dos Sinos (UNISINOS) porque é uma universidade particular, foi a 44ª classificada
e já mudou o currículo.
3.2. Definição do corpus de análise
Como o
objetivo é uma aproximação do discurso das organizações, optou-se por buscar
nas páginas de apresentação dos sites oficiais vestígios do discurso das
organizações sobre o jornalismo e sua função social. A pesquisa exploratória
usa o método da Análise de Conteúdo categorial a partir das 11 palavras-chaves
retiradas do marco teórico. Como o método foi indutivo, optou-se por mapear termos
correlatos, a serem somados ao quadro de análise à medida que eram encontrados no
corpus, em sistema de iteração.
Ao observar as páginas de apresentação institucional
dos sites selecionados, consideradas aqui sob os títulos Quem Somos, Institucional
e Missão. Observou-se a necessidade de criar para cada entidade do corpus, um conteúdo mínimo equilibrado.
Os textos de apresentação das instituições em análise exibiam tamanhos
diferenciados em suas páginas da internet. Para evitar o desequilíbrio no
momento de análise do conteúdo, procuramos tornar as amostras equitativas.
Nesse sentido, em alguns casos, foram incorporados à amostra, além das páginas
oficialmente consideradas de apresentação, textos de artigos e entrevistas de
seus respectivos presidentes, com o intuito de agregar ao conteúdo discursos
nos quais as instituições falam de si mesmas.
Após a captura das páginas na internet, realizou-se uma
transposição dos textos para o programa word,
reformatando os textos e contabilizando em laudas (página A4, fonte times new roman, tamanho 12, sem
espaçamento entre parágrafos e com espaçamento entre linhas de 1,5, margens
normais). Nesta pesquisa, trabalhamos com uma variação entre 1 e 19 de laudas
de conteúdo por instituição, totalizando 91 laudas, com o conteúdo de, no
mínimo, duas laudas. Ao colher os dados nos sites das 14 entidades, estes foram
isolados em arquivos em separado para serem reformatado nas laudas padronizadas
e colhidas as palavras-chaves. As organizações estatais, assim como as de
ensino e estudos do jornalismo apresentam um conteúdo perto do mínimo, ou bem
perto dele, nas suas apresentações.
Para analisar os dados, cada organização foi isolada
para a contagem das palavras-chaves. Nesta fase, observou-se que os
significados das palavras variavam e seria necessário considerar termos
correlatos. Assim, foi realizado um mapeamento semântico das categorias,
ficando distribuídos os termos correlatos como apontados no quadro 1.
Quadro I – Termos correlatos
|
|
Palavra-chave
|
Termos correlatos
|
Informação
|
Produzir notícia, fazer noticia, noticiar, dar informação,
informação objetiva, promover informação, difundir informação, informar,
fazer reportagem, produzir reportagem, reportar, retratar o fato, relatar o
fato, apresentar os fatos, mediar a realidade e mostrar o factual.
|
Investigação
|
Investigar, garimpar, selecionar, fuçar, apurar, colher, buscar.
|
Análise
|
Analisar, fazer análise, leituras da realidade.
|
Empatia
Social
|
Emocionar o público, solidariedade do público, promover a sensibilidade
da sociedade
|
Fórum
Público
|
Promover o debate, esfera pública, formar opinião pública, preservar
o contraditório, fomentar o debate do público.
|
Mobilização
|
Lutar, mobilizar
|
Democracia
|
Promover democracia, democráticas, democratização, consciência cívica,
promoção de cidadania, construir cidadania, estimular exercer direitos e
devereis de cidadão.
|
Guardião da verdade/ watchdog
|
Fiscalizar, denunciar, alertar, defender, promover a defesa de
direitos, primar pela defesa, primar pela verdade dos fatos, representar a
sociedade, ter responsabilidade social, ter o compromisso da verdade, compromisso
pela exatidão dos relatos, representa a sociedade, compromisso com o acerto,
confiança do público, incentivar a fiscalização dos poderes públicos, verdade
absoluta, atento às questões sociais, produzir relatos com máxima precisão e
coesão, jornalismo correto.
|
Mercado de Ideias
|
Pensamento, plural, pluralismo, relacionar com diferentes públicos.
|
Interesse Público
|
Interesse da sociedade, necessidade da sociedade/público, anseios da
sociedade/público, serviços para a sociedade/público, relevância para a
sociedade/público, utilidade pública, interesse do cidadão, ouvinte que
necessita, prestar serviço ao leitor, interesse coletivo.
|
Independência
|
Isenção, liberdade, livre-iniciativa, livre, independentemente.
|
Para analisar os dados, cada
organização foi isolada em arquivo do word,
formatado em separado, para a contagem de cada uma das palavras-chaves. Nesta
fase, observou-se que os significados das palavras-chaves poderiam estar em
outras palavras e expressões e seria necessário considerar termos correlatos.
Ficando distribuídos os termos correlatos como apontados no quadro 1. Não foram
consideradas na contagem palavras-chaves e termos correlatos em contextos
diferentes do jornalismo.
3.3. Primeiros
resultados
Foram registradas 442 ocorrências, onde as funções mais
frequentes foram informação (28,5%), guardião da verdade (watchdog) (16,96%) e, independência (13,1%), dados que levam a
inferir que há atualmente uma continuidade no discurso oficial das organizações
de conceitos fundadores e constitutivos do jornalismo, como já foi citado em
Beltrão (1960), Traquina (2005) e Schudson (2010). Junto às ocorrências de informação
e investigação, por exemplo, foi possível encontrar expressões como “imparcial”,
“verdade absoluta”, “isenção”, “informação ética e imparcial”, “transparência”
reforçando ‘as mitologias profissionais’ (NEVEU, 2006) como a ideia do
jornalismo como espelho da verdade, uma das mais antigas escolas das teorias da
comunicação (WOLF, 2005). A função de ‘promoção de democracia’ aparece em
quinto lugar, com 8,14% ocorrências, o que reforça o ideário de responsabilidade
da profissão e expectativa da sociedade. Expressões como ‘defesa da livre
expressão’, ‘conscientização da cidadania’, ‘promoção de direitos’, ‘defesa dos
direitos humanos’ foram frequentes na amostra.
Quadro II – Resultado geral
|
||||||||||||||||
UNIDADES DE
REGISTRO/ PALAVRA-CHAVE
|
ANJ
|
FENAJ
|
SBPJOR
|
INTER-COM
|
FSP
|
BRASIL DE FATO
|
G1
|
EBC
|
BAND NEWS
|
RÁDIO NACIONAL
|
TV GLOBO
|
TV BRASIL
|
UNISINOS
|
UERJ
|
TOTAL
|
%
|
INFORMAÇÃO
|
8
|
5
|
2
|
2
|
1
|
42
|
1
|
3
|
6
|
42
|
2
|
12
|
126
|
28,5
|
||
GUARDIÃO DA VERDADE
|
9
|
6
|
1
|
2
|
3
|
21
|
2
|
2
|
1
|
21
|
4
|
1
|
2
|
75
|
16,9
|
|
INDEPENDÊNCIA
|
9
|
4
|
1
|
1
|
5
|
14
|
3
|
14
|
7
|
58
|
13,1
|
|||||
DEMOCRACIA
|
4
|
6
|
3
|
3
|
3
|
4
|
3
|
2
|
4
|
4
|
36
|
8,14
|
||||
EDUCAÇÃO
|
1
|
1
|
3
|
13
|
4
|
13
|
1
|
36
|
8,14
|
|||||||
INTERESSE PÚBLICO
|
3
|
2
|
1
|
2
|
7
|
1
|
6
|
7
|
3
|
32
|
7,2
|
|||||
INVESTIGAÇÃO
|
1
|
6
|
6
|
3
|
8
|
24
|
5,42
|
|||||||||
MERCADO DE IDEIAS
|
1
|
1
|
1
|
2
|
1
|
4
|
4
|
2
|
1
|
17
|
3,84
|
|||||
ANÁLISE
|
1
|
1
|
1
|
6
|
6
|
1
|
16
|
3,61
|
||||||||
FÓRUM PÚBLICO
|
1
|
1
|
1
|
2
|
4
|
4
|
1
|
14
|
3,16
|
|||||||
MOBILIZAÇÃO
|
1
|
3
|
1
|
1
|
1
|
7
|
1,58
|
|||||||||
EMPATIA SOCIAL
|
1
|
1
|
0,22
|
|||||||||||||
TOTAL
|
38
|
29
|
14
|
6
|
16
|
9
|
122
|
9
|
6
|
19
|
122
|
25
|
3
|
24
|
442
|
100
|
Observou-se o aparecimento de termos recorrentes como
‘qualidade’, ‘ética’, ‘filtro’, ‘mediação’, que devem ser mais bem
compreendidos no decorrer do percurso de pesquisa. Porém, a palavra-chave
educação, não foi conceituada inicialmente nesta pesquisa, mas foi considerada
nos resultados por ter aparecido com frequência e chamado a atenção.
Indutivamente para esta palavra-chave foram avaliados como correlatos os
termos: conhecer, produzir conhecimento, formação, formadores, promover cultura,
estimular cultura, caráter educativo, difundir conhecimento científico.
As organizações de jornalismo, principalmente comerciais, fundem a própria
imagem com os valores da instituição jornalística, arrebatando para si a credibilidade
institucional do ofício, como é o caso dos "Princípios editoriais das Organizações
Globo" e a Missão pela Folha de S. Paulo. É um artifício legítimo utilizado
por várias organizações jornalísticas e entidades do campo para conferir credibilidade.
Como a própria definição de jornalismo não é clara, as apresentações das empresas
assumem valores da própria prática e da cultura profissional. O mais interessante
é que veículos ligados às associações da sociedade civil autodeclarados como ‘de
esquerda’ ou ‘independentes’ fazem o mesmo, embora com o uso de outros termos. Se
observarmos o jornal impresso Brasil de Fato, quando nega o papel social da grande
mídia e a adjetiva negativamente, referenda o ideário da mesma mídia que condenam.
Enquanto o Brasil de Fato afirma que é:
O jornal Brasil de Fato— um semanal político, de circulação
nacional, para contribuir no debate
de ideias e na análise
dos fatos do ponto de vista da necessidade de mudanças sociais em nosso país. Plural e diversificado, Brasil
de Fato reúne jornalistas, articulistas e intelectuais do Brasil e do mundo.
a
Folha de S. Paulo, se autodefine como:
Produzir informação e análise jornalísticas com
credibilidade, transparência, qualidade e agilidade, baseadas nos princípios editoriais
do Grupo Folha (independência,
espírito crítico, pluralismo
e apartidarismo), por meio de um moderno e rentável conglomerado de empresas de
comunicação, que contribua para o aprimoramento da democracia e para a conscientização da cidadania.
Neste ponto, é importante lembrar Wilson Gomes (2009) ao afirmar que o
discurso de autolegitimação do jornalismo, configura a identidade da própria
profissão e de seus profissionais. Cumpre ainda a missão de convencer a todos
que o jornalismo é uma instituição importante, necessária e que precisa ser
protegida e cuidada pelos cidadãos. Nos resultados, observa-se ainda a
sequência do maior número de ocorrências: informação (28,5%), guardião da
verdade (16,9%), independência (13,1%) e democracia (8,14%), o que se pode
inferir que a primeira função, mais objetiva e ligada ao fazer jornalístico
formal, se relaciona com funções subjetivas ligadas aos discursos
autolegitimadores, referendando-a. Este dado, contudo, só poderá ser confirmado
com uma análise de contingência, a partir da contabilização das co-ocorrências
(BARDIN, 2011).
Um vestígio importante a ser considerado em novos esboços é a função de
educação, que surgiu neste estudo pela alta frequência nos registros (8,14%).
Para Bardin (2011), a constância (ou a ausência) de um registro muitas vezes
pode incidir em pistas importantes para a pesquisa. Esta palavra-chave apareceu
no processo indutivo da análise dos dados. Ao retornar ao corpus, observou-se que estava sendo atribuído ao jornalismo o
princípio que confere autoridade de ‘produzir conhecimento’, ou seja, surge embutida
no processo a função de educação, que foi incorporada e contabilizada como
unidade de registro, a partir dos temos correlatos registrado em 8,14% dos discursos.
Também em quarto lugar, aparece a função promoção da democracia. Esta
frequência registrada possibilitar inferir que o ideário de responsabilidade da
profissão e expectativa da sociedade para garantir um espectro democrático
ligado ao jornalismo ainda é forte no Brasil. Expressões como ‘defesa da livre expressão’,
‘conscientização da cidadania’, ‘promoção de direitos’, ‘defesa dos direitos humanos’
foram frequentes na amostra. Contíguo a este serviço democrático, surge nos
discursos a função de interesse público em sexto lugar. Com 7,2% das
ocorrências, o interesse público aparece como compromisso de diferente
intencionalidade dos colegas nos Estados Unidos, onde as teorias foram
gestadas. “Ou, dito de modo cínico, a preservação da democracia é um assunto
sério demais para ser deixado ao ‘acaso’ das decisões populares; a
responsabilidade pelo problema deve caber fundamentalmente, então, a elites
qualificadas para lidar com ele” (ALBUQUERQUE, 2000, p.38).
Junto às ocorrências de informação e investigação foi possível encontrar expressões
como “imparcial”, “verdade absoluta”, “isenção”, “informação ética e imparcial”,
“transparência” reforçando ‘as mitologias profissionais’ (NEVEU, 2006) como a
ideia do jornalismo como espelho da verdade, uma das mais antigas escolas das
teorias da comunicação (WOLF, 2005). A função investigação foi detectada em
5,42% das ocorrências, confirmando a tendência das tarefas precípuas da
profissão. As organizações trazem nos seus discursos uma justificativa ao modelo
anglo-saxônico de jornalismo. Um modelo utilitarista, de news-gathering, de coleta da informação, da busca alucinada por notícias,
que reverencia o jornalista-herói, o muckracker,
que desencavava escândalos, nascido com a penny
press no início do século XX e que definiu este modelo de profissionalismo que
até hoje baliza os discursos jornalísticos (NEVEU, 2006).
As funções de empatia social com
0,22% de ocorrência, de mobilização com 1,58% das ocorrências, de fórum público
com 3,16% e análise com 3,61% tiveram o menor percentual de ocorrências
registradas nos discursos oficiais das organizações ligadas ao campo
jornalístico. Estas funções com menos citações são aquelas ligadas às ações
jornalísticas de manuseio dados, o que se pode inferir é que nestes discursos
há um receio de se envolver com suspeita de manipulação, no sentido de enganar
ou ludibriar. Sempre o primado da verdade e isenção, como legitimação.
As funções de ‘mercado de ideias’ (3,84%) e ‘fórum público’ (3,16%) tiveram
um resultado semelhante, podendo-se acreditar que estão associadas em sua incorporação
discursiva. Porém há uma diferença em suas construções teórica. Mercado de ideias
conceituado por Traquina (2005) é a função de pluralidade e garantia de muitas
vozes diversas, independente de uma construção democrática, os correlatos
foram: pensamento, plural, pluralismo, relacionar com diferentes públicos. O
fórum público de Schudson (2009) preza para construção de uma esfera pública de
construção política, um local de debate e formação de opinião pública, que são
assimilados discursivamente de forma análoga. Os correlatos foram promover o
debate, esfera pública, formar opinião pública, preservar o contraditório,
fomentar o debate do público.
4. Considerações finais
A pesquisa-piloto mostra a
viabilidade do método de Análise de Conteúdo, embora aponte para a necessidade
clara de uma leitura dos discursos do campo. A análise categorial temática foi
realizada a partir de um mapeamento semântico indutivo por interação e de forma
manual. O método demonstrou eficiência na aproximação real do objeto
identificando partes importantes das marcas impressas no discurso oficial.
Indicou ainda a necessidade de investigar corpus
maiores com ajuda da automatização, dando um acréscimo de rigor a todas as
fases do procedimento.
Bardin (2011) classifica duas
funções do método de Análise de Conteúdo: a função heurística que enriquece a
tentativa exploratória (para ver o que dá) e a função de “administração da
prova” que usa de afirmações provisórias, diretrizes, para que possam ser
verificadas para confirmação ou infirmação (para servir de prova). No caso
desta primeira pesquisa-exploratória, feita quase aleatória, pelo método de
tentativa e erro, com procedimentos de inventário e de classificação, para
fazerem surgir hipóteses-guias, verificáveis e técnicas mais adequadas de
verificação, como recomendado pela autora. Ou seja, usamos a função heurística
do método inicial, para chegar nas pesquisas que se seguem à ‘administração de
prova’ a partir do mapa semântico iniciado.
Evidenciou-se a necessidade de
ampliar metodologicamente a investigação da discursividade do campo, além da
análise categorial já iniciada, será necessária uma análise da enunciação, pois
a comunicação é um processo e não um dado, o discurso é uma palavra em ato. Ao
ampliar para o discurso dos profissionais, provavelmente o método da Análise
dos Discurso poderá ser mais eficiente, pois permite leituras diferenciadas considerando
os diferentes contextos. Assim, a entrevista não diretiva com agentes
representativos do campo será a complementariedade qualitativa para o processo.
A análise da enunciação assenta numa concepção do discurso como palavra
em ato. A análise de conteúdo clássica considera o material de estudo como um
dado, isto é, como um enunciado imobilizado, manipulável, fragmentável. Ora,
uma produção de palavra é um processo. A análise da enunciação considera que na
altura da produção da palavra, é feito um trabalho, é elaborado um sentido e
são operadas transformações. O discurso não é transposição transparente de
opiniões, de atitudes e de representações que existam de modo cabal antes da
passagem à forma linguageira. O discurso não é um produto acabado mas um
momento num processo de elaboração, com tudo o que isso comporta de
contradições, de incoerências, de imperfeições. Isto é particularmente evidente
nas entrevistas cm que a produção é ao mesmo tempo espontânea e constrangida da
situação (BARDIN, 2011, p.218).
Goldenberg defende que existe uma interdependência entre a quantificação
e a vivência da realidade, do cotidiano, e as escolhas metodológicas dependem
das questões levantadas e dos problemas que se quer responder, ou seja, o
processo apontará técnicas e procedimentos para alcançar respostas. “Cada
pesquisador deve estabelecer os procedimentos de coleta de dados mais adequados
para o seu objeto particular. O importante é ser criativo e flexível para
explorar todos os possíveis” (GOLDENBERG, 2004, p.62).
A pesquisa exploratória permitiu
observar o discurso oficial das organizações, com destaque para o mapeamento de
construções semânticas importantes que vão ajudar a analisar os múltiplos
discursos sobre a compreensão do que é a função do jornalismo hoje no país. Percebeu-se como estas empresas construíram o ethos institucional
e estão, em seus discursos oficiais, em consonância com o que é conceituado
pela bibliografia reconhecida no campo. Comprovou-se que o ideal profissional
liberal descrito teoricamente por Schudson (2008), Traquina (2005), Gomes
(2009) e demais citados, foi assimilado pelo mercado, com poucas dissonâncias,
como é o caso da empatia social que praticamente não aparece nos discursos
analisados, mas é uma prática cotidiana das redações quando usam casos de
história de vida e fait divers.
A pesquisa-exploratória trouxe
a amplitude dos agentes do campo, explicitou muito da correlação das forças, muitas
vezes com discursos dissonantes que, apesar de contraditórios em sua aparência,
reforçam a mesma ‘mitologia’ profissional. Porém, a busca metodológica será árdua, pois é
preciso observar os ambientes profissionais não-formais, que passam por experimentos
inovadores que reivindicam o status de jornalismo e, de alguma forma, tem o
respaldo da sociedade. Becker (2007) defende estas instituições bastardas como
necessárias às pesquisas.
O desafio passa ainda por separar
valores profissionais das funções, e identificar fenômenos como é o caso da
independência, aqui com 13,1% das ocorrências, e da educação, com 8,14%.
Por que estão tão presentes nos discursos oficiais destes agentes do campo
jornalístico? Quais as diferenças entre estes discursos oficiais, dos
jornalistas e da sociedade? Como se dá esta relação entre as gramáticas de
produção e reconhecimento? São perguntas para os próximos experimentos testando
outras metodologias.
Referências
ALBUQUERQUE, Afonso de
- Um outro "Quarto Poder": imprensa e compromisso político no
Brasil . Revista Contracampo, Nº 4, 2000 - Universidade Federal Fluminense
(UFF) P. 23- 57
BARDIN, Laurence. Análise
de Conteúdo. Presses de Universitaires de France, 1977. Tradução Luis Antero
Reto e Augusto Pinheiro. Lisboa: Edições 70, 2011.
BECKER, Howard. Segredos
e truques da pesquisa. Trad. Maria Luiza X. de A. Borges. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2007
BELTRÃO,
Luiz. Iniciação à filosofia do jornalismo.
Rio de Janeiro: Agir, 1960.
BOURDIEU, Pierre. Sobre
a televisão. Rio de Janeiro: Zahar Ed, 1997
BRUNS, Axel. Gatewatching: collaborative on-line news
production. New York/ Washington:
Peter Lang, 2005.
FRANCISCATO, Carlos Eduardo. A atualidade no jornalismo: bases para sua delimitação teórica. Tese
(doutorado) – Faculdade de Comunicação, Universidade Federal da Bahia. Salvador,
2003.
GOMES,
Wilson. Jornalismo, fatos e interesses: ensaios
de teorias do jornalismo. Florianópolis: Insular, 2009. v.1. 112p. (Série: Jornalismo
a Rigor.)
GOLDENBERG,
Mirían. A arte de pesquisar: como fazer
pesquisa qualitativa em Ciências Sociais . 8' ed. Rio de Janeiro: Record, 2004.
GUERRA,
Josenildo Luiz. O nascimento do jornalismo
moderno. Uma discussão sobre as competências profissionais, a função e os usos
da informação jornalística. Núcleo de Jornalismo, XXVI Congresso Anual em Ciência
da Comunicação, Belo Horizonte/MG, 2003.
NEVEU,
Érik. Sociologia do jornalismo. São Paulo: Loyola, 2006.
SCHUDSON, Michael. News and Democratic Society: Past, Present, and Future. The Institute
of Advanced Studies in Culture. Disponível em: http://www.iasc-culture.org/eNews/2009_10/Schudson_LO.pdf
(artigo do livro Why Democracies Need an Unlovable Press, 2008).
SCHUDSON, Michel. Descobrindo
a notícia: uma história social dos jornais nos Estados Unidos. Petrópolis:
Vozes, 2010.
TRAQUINA, N. - Teorias
do jornalismo. Vol. I e II. 2a Edição. Florianópolis: Insular, 2005 a e b.
WOLF, Mauro.
Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 2003.
[1]. Adriana
Santiago, doutoranda e mestre pelo Programa de Comunicação e Culturas
Contemporâneas (Poscom), da Universidade Federal da Bahia (UFBA) e professora
da Universidade de Fortaleza (Unifor).
[2] “Where there is democracy, however,
or where there are forces prepared to bring it about, journalism can provide a number
of different services to help establish or sustain representative government.” (SCHUDSON,
2008, p.2). Tradução nossa.
[3] Alexa é uma
empresa de informações para web da Amazon.com fundada em 1996, que fornece gratuitamente
analise para website e acompanha mais de 30 milhões de sites no mundo inteiro. As
estimativas de tráfego do Alexa são baseadas em uma amostra diversificada de milhões
de usuários de internet em todo o mundo usando milhares de diferentes tipos de barras
de ferramentas e add-ons para o Google Chrome, Firefox e Internet Explorer.
Informações de http://www.alexa.com/company
acessadas em 25.01.2014
[5]O jornal nacional
tem média de audiência de 30 pontos segundo o Ibope. Informações acessadas em http://f5.folha.uol.com.br/colunistas/vivianmasutti/2013/12/1384425-cai-audiencia-do-jornal-nacional-e-poeta-tem-saia-justa.shtml.
Segundo a própria emissora, é de 35 pontos. Informações acessadas em http://comercial.redeglobo.com.br/programacao_jornalismo/jnac5_ap.php
[6] Ranking da avaliação do ensino pelo Ranking Universitário
Folha (RUF) e já incorporadas as novas diretrizes curriculares para o jornalismo.
As Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para os cursos de jornalismo do país
foram aprovadas pelo MEC em 12 de setembro de 2013, mas poucos cursos se adequaram,
conforme consulta à lista da SBPjor. http://ruf.folha.uol.com.br/2013/rankingdecursos/jornalismoredacaoeconteudo/avaliacao_de_ensino.shtml
[7] A
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), melhores instituições pública e privada
do ranking não mudaram o currículo.

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